Câncer do endométrio: tudo o que você precisa saber

O Programa de Prevenção do Câncer Ginecológico do Hospital Amaral Carvalho (HAC) comemora 26 anos em 2022 e desempenha papel fundamental na detecção precoce e tratamento do câncer em mulheres.

Em última análise do Instituto Nacional do Câncer, o Brasil teve 6.540 novos casos de câncer uterino (2020 – INCA), sendo 1.944 casos fatais (2020 – Atlas de Mortalidade por Câncer).

O útero é dividido em duas partes principais: a superior e o colo, que é a extremidade inferior do útero que se estende até a vagina. O corpo do útero possui, ainda, duas camadas: a externa do músculo, chamada de miométrio, e a interna (ou revestimento) chamada endométrio, local acometido pelo câncer do endométrio, tema deste artigo.

 

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do endométrio são: obesidade, diabetes, predisposição genética, falta de ovulação, menarca precoce (primeira menstruação), menopausa tardia, tratamentos hormonais para a menopausa, nuliparidade (nunca ter engravidado), uso de radiação para tratamentos na região, síndrome do ovário policístico, síndrome de Lynch e hiperplasia endometrial. Dieta com elevada carga glicêmica ou com muitos produtos processados também aumentam o risco para esse e outros tipos de câncer.

Sintomas

O sintoma mais comum do câncer de endométrio é o sangramento vaginal anormal, ou seja, quando acontece fora do ciclo menstrual correto, ou se o fluxo sanguíneo está mais intenso. Para mulheres que já se encontram na menopausa, qualquer sangramento após um ano deve ser considerado fora do normal. Outro sintoma que pode sugerir a doença é a dor pélvica, cansaço excessivo, perda de peso e de apetite.

Diagnóstico e tratamento

Alguns exames que permitem a visualização do útero podem auxiliar no diagnóstico do câncer do endométrio. A histeroscopia é a principal delas.

As pacientes de câncer do endométrio podem passar por diferentes tipos de tratamento, dependendo do estadiamento da doença e das condições da paciente. Os tratamentos mais comuns são: cirurgia (remoção do câncer por meio de procedimento cirúrgico), radioterapia e quimioterapia.

Prevenção

A principal forma de prevenir qualquer tipo de câncer é manter-se saudável com relação à alimentação e atividade física, evitando assim vários fatores de risco. E para identificar precocemente o câncer do endométrio, manter a rotina de visitas ao ginecologista é primordial, além de observar constantemente qualquer anomalia em seu ciclo menstrual.

Serviço

As mulheres com câncer de endométrio são atendidas junto à equipe ginecológica do HAC. Para mulheres residentes em Jaú, o hospital possui o programa de Prevenção do Câncer Ginecológico e o Centro de Histeroscopia, que realiza o exame nas mulheres que possuem sintomas indicativos para esse câncer.

O HAC é referência no tratamento oncológico e atende cerca de 70 mil pacientes por ano de todo o Brasil. São mais de um milhão de procedimentos e 17 mil cirurgias realizadas anualmente.

O Instituto de Prevenção Ginecológica do HAC fica na Rua Rui Barbosa, 374. Para mais informações ligue: (14) 3602-1241 ou (14) 3602-1398.

 

Câncer de ovário: tudo o que você precisa saber

O câncer de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum entre as mulheres, atrás apenas dos tumores que atingem o colo do útero. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são estimados um pouco mais de seis mil novos casos por ano no Brasil. A neoplasia é considerada uma das mais letais que atingem as mulheres, sendo a causa de morte de aproximadamente 3,9 mil pacientes todos os anos.

Fatores de risco

A idade é considerada um fator de risco para a doença, já que a incidência aumenta com o avanço da idade. No entanto, há alguns fatores hormonais e reprodutivos que também aumentam o risco de desenvolvimento desse tipo de tumor, como mulheres com infertilidade e aquelas que nunca tiveram filhos. Algumas mutações genéticas também entram na lista de fatores de risco para o tumor.

Além disso, a primeira menstruação precoce e a menopausa tardia, após os 52 anos, também podem estar associadas ao risco do câncer de ovário. Mulheres com histórico familiar de câncer de ovário, colorretal e de mama, ou com excesso de gordura corporal, também têm um risco maior de desenvolver a doença.

Sintomas

A doença é considerada silenciosa e costuma apresentar sintomas à medida que o tumor cresce. Os sintomas mais comuns são pressão, inchaço ou dor no abdômen, pelve, pernas ou costas, indigestão, cansaço constante, prisão de ventre ou diarreia e náuseas.

Diagnóstico

O câncer de ovário tem altas taxas de letalidade, principalmente porque o diagnóstico é feito tardiamente, já que no início a doença costuma não apresentar sintomas. No entanto, quando descoberta em estágios iniciais, as chances de cura aumentam consideravelmente. Por isso, é importante visitar regulamente um médico especialista.

Tratamento

O tratamento pode ser feito com cirurgia ou quimioterapia e a escolha vai depender do tipo do tumor, estadiamento e das condições da paciente.

Prevenção

Manter o peso corporal adequado é optar por hábitos saudáveis são fatores que auxiliam não só na prevenção do câncer de ovário, mas de muitos outros tipos da doença. É importante que as mulheres se atentem aos fatores de risco e consultem regularmente um médico, principalmente após os 50 anos. Mulheres com histórico familiar – parentes de primeiro grau (mãe e irmãs) com câncer de ovário – ou nas quais são diagnosticadas herança genética, podem beneficiar-se de cirurgia citorredutora de risco, que consiste na retirada dos ovários e das trompas.

Outra medida de impacto tem sido a retirada das trompas durante cirurgias ginecológicas benignas como histerectomia (retirada do útero) e quando houver indicação de contracepção cirúrgica (no lugar da ligadura das trompas).

Serviço

As mulheres com câncer de ovário são atendidas junto à equipe ginecológica do Hospital Amaral Carvalho. Para mulheres residentes em Jaú, o hospital possui o programa de Prevenção do Câncer Ginecológico que desempenha papel fundamental na detecção precoce e tratamento do câncer, principalmente do colo do útero.

O HAC é referência no tratamento oncológico e atende cerca de 70 mil pacientes por ano de todo o Brasil. São mais de um milhão de procedimentos e 17 mil cirurgias realizadas anualmente.

 Estela Capra

Câncer do colo do útero: tudo o que você precisa saber

O câncer do colo do útero, o terceiro mais frequente entre as mulheres brasileiras, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), transmitido por relações sexuais desprotegidas. A infecção pelo vírus é bastante comum. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com o vírus ao longo da vida. No entanto, as lesões causadas pelo HPV, quando não diagnosticadas e tratadas, podem evoluir para o câncer. O Inca estima que neste ano devem ser registrados mais de 16 mil casos da doença.

 Fatores de risco

Além da infecção pelo HPV, são considerados fatores de risco para o câncer do colo do útero o início precoce da vida sexual e a multiplicidade de parceiros, o tabagismo e o uso de pílulas anticoncepcionais orais por muito tempo.

 Sintomas

O câncer do colo do útero é considerado uma doença de evolução lenta com lesões pré-tumorais causadas pelo HPV que, se não forem diagnosticadas e tratadas ainda no começo, podem evoluir para um tumor.

A doença não costuma apresentar sintomas nos estágios iniciais. No entanto, nos casos mais avançados pode apresentar sangramento ou secreção vaginal anormal e dor.

 Prevenção

O câncer do colo é considerado uma doença curável, já que as lesões precursoras podem ser detectadas em estágios iniciais e ainda sem sintomas por meio do exame Papanicolau, gratuito na rede pública de saúde. O exame é indicado para mulheres que já iniciaram a vida sexual e, após os 25 anos, deve ser feito periodicamente. Podem ser realizados ainda outros exames para rastreamento da doença.

Desde 2014, o Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente a vacina contra o HPV nas unidades de saúde para meninas de nove a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina evita a infecção pelo vírus e reduz as chances do desenvolvimento desse tipo de câncer ou outras doenças relacionadas.

 Tratamento

O tratamento para o câncer do colo do útero depende do estágio da doença. As principais opções são cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia, que podem ser indicadas isoladamente, ou de maneira associada.

 Serviço

O Hospital Amaral Carvalho mantém o Programa de Prevenção do Câncer Ginecológico para rastreamento da doença e realização do exame preventivo. O serviço completou 25 anos no ano passado com quase 80 mil pacientes atendidas, a maioria jauenses, alcançando resultados bastante significativos com redução da incidência do câncer invasor e da mortalidade no Município, como em 2004 e 2015, quando nenhuma jauense morreu por câncer do colo do útero.

Mulheres que necessitem realizar o Papanicolau devem entrar em contato com o Instituto de Prevenção pelo telefone (14) 3602-1241 e agendar o atendimento.

Estela Capra